EUA decidem proibir sistemas chineses em veículos

A medida segue uma investigação solicitada pelo presidente Biden em fevereiro, que avaliou o potencial risco à segurança nacional representado por veículos de origem chinesa

O Departamento de Comércio dos EUA propôs hoje uma proibição de segurança nacional que visa “determinadas peças automotivas” fabricadas na China e na Rússia, a partir de 2027, para uso nas estradas dos EUA. A medida segue uma investigação solicitada pelo presidente Biden em fevereiro, que avaliou o potencial risco à segurança nacional representado por veículos de origem chinesa.

A proibição, se aprovada, abrangerá componentes de hardware e software que conectam os veículos, como Bluetooth, módulos de satélite e sistemas autônomos. O objetivo principal é evitar que agências de inteligência chinesas monitorem os movimentos dos americanos ou utilizem a tecnologia dos veículos para acessar redes elétricas e outras infraestruturas críticas, conforme relatado pelo New York Times.

No Brasil, foram vendidos 62.613 veículos elétricos chineses no primeiro semestre de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e do portal Poder 360.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, destacou que já há provas de malware em infraestruturas críticas com fins de sabotagem, e com a presença de milhões de veículos conectados nas estradas, o risco de interrupções e sabotagens aumenta significativamente.

Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA, descreveu a proposta como uma medida “proativa”, já que o número de carros chineses nas estradas americanas ainda é pequeno. Em 2023, 104 mil veículos fabricados na China foram vendidos nos EUA, representando um crescimento de 45% em relação ao ano anterior, segundo o Business Insider.

Raimondo também citou a Europa como um exemplo de alerta, onde quase 500 mil veículos chineses já circulam. Segundo a Jato Dynamics, em 2023, as montadoras chinesas superaram as americanas em vendas globais, com 13,4 milhões de unidades vendidas, contra 11,9 milhões de veículos dos EUA.

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